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Coronavírus: o que acontece com as cargas vindas da China

O coronavírus vem se alastrando pela China, deixando diversos infectados e mais de 100 mortos. O vírus, que começou a se espalhar a partir da região de Wuhan em dezembro de 2019, ataca o sistema respiratório (veja aqui o mapa do Coronavírus).

“Tudo leva a crer que o novo coronavírus tenha sido originalmente transmitido para o ser humano de um animal e ainda em esteja em processo de evolução e adaptação”, explica a Revista Saúde.

Para quem trabalha com comércio exterior, levando em consideração que a China é o país que mais importa produtos para todo o mundo, há diversas preocupações e inseguranças. 

Coronavírus e o Comércio Exterior

Várias mudanças já estão vigorando no âmbito do comércio exterior. Veja as últimas atualizações pertinentes à área, com informações ES Logístics:

  • A Fleetmon anunciou que um navio da CMA-CGM que faz a rota entre China x Mediterrâneo, possui 6 pessoas de sua tripulação com febre e sintomas do Coronavírus.
  • Os armadores estão acompanhando a evolução dos casos e se preparando para uma possível baixa nas produções. Devemos receber nos próximos dias algum anúncio de blank sailing, com intuito de evitar que os navios saiam vazios.
  • Considerando a possibilidade de cancelamento dos voos para os destinos envolvidos, podemos esperar um reflexo nos valores de fretes aéreos, caso as companhias aéreas tenham que diminuir a frequência dos voos.
  • Em razão do surto, o governo chinês decidiu estender o feriado do ano novo lunar, que terminaria na próxima quinta-feira até 02 de fevereiro.
  • A província de Shanghai anunciou que o feriado nesta região será estendido até o dia 09/02/2020;
  • O número de infectados no mundo continua crescendo consideravelmente. A China confirmou nesta terça-feira (28) que chegou a 107 o número de mortes pelo novo Coronavírus;
  • De ontem (27) para hoje, houve um aumento de 2.800+ pessoas infectadas para 4.400+ pessoas;
  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o risco global é muito alto. “É uma emergência na China. Ainda não se tornou uma emergência de saúde global, mas pode se tornar uma”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom;
  • As eliminatórias olímpicas de futebol feminino e um evento de tênis da Fed Cup foram retirados da China por conta da preocupação com o novo tipo de coronavírus.

Não sabemos ao certo ainda como esta epidemia poderá afetar as importações e as exportações do Brasil. Essa possibilidade está relacionada a capacidade da China de conter o vírus para que os trabalhadores possam voltar a reabrir as fábricas que até o momento encontram-se fechadas, salvo produções de mercadorias básicas necessárias como alimento e remédios.

Ações da ANVISA

Com o aparecimento dos casos de doença respiratória causada pelo coronavírus na China, o governo brasileiro e a ANVISA vem adotando medidas de preparação, orientação e controle para um possível atendimento de casos suspeitos no país, incluindo os procedimentos para passageiros vindos do exterior.

Entenda o que acontece, na prática, no caso de um navio ou aeronave relatar um caso suspeito a bordo:

Avião

  • A aeronave pousa, mas não pode iniciar o desembarque;
  • A Anvisa aciona os órgãos responsáveis e vai a bordo em conjunto com o serviço médico e a vigilância do município do aeroporto para avaliar o paciente;
  • Se o médico descartar o caso a bordo, o desembarque dos passageiros é liberado;
  • Caso a suspeita seja mantida, o passageiro doente é removido para um hospital de referência local;
  • Todos os demais passageiros seguem para uma entrevista com a vigilância epidemiológica para que possam ser monitorados, caso a suspeita seja confirmada posteriormente;
  • A Anvisa monitora o trabalho de desinfecção da aeronave, descarte de resíduos e descarte de efluentes.

Navio

  • O navio não recebe autorização para operar e ninguém pode desembarcar;
  • A Anvisa e a vigilância epidemiológica sobem a bordo para inspecionar a embarcação e avaliar o paciente;
  • Caso a suspeita seja mantida, o passageiro ou tripulante é removido para um hospital de referência;
  • O navio não recebe a Livre Prática (autorização para operar) e a tripulação e os passageiros ficam impedidos de desembarcar;
  • Se o caso for confirmado, a Anvisa e a vigilância epidemiológica fazem uma avaliação sobre o procedimento com a tripulação e os passageiros que ficaram a bordo;
  • No caso de navios que já haviam iniciado a operação quando o caso suspeito apareceu, a Anvisa manda suspender a operação do navio e os tripulantes devem ficar a bordo;
  • Nesse caso, deve ser investigado se o tripulante suspeito já havia descido do navio para que a vigilância epidemiológica realize a investigação de possíveis contatos;
  • Em todas as situações de casos suspeitos encaminhados para o serviço hospitalar, a confirmação ou descarte definitivo da suspeita é feita pelo serviço de saúde e pela vigilância epidemiológica.

Fontes: ANVISA, Revista Saúde

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